Vale mais um bom jogador que dezenas de medianos atletas. |
Os Palmeirenses já devem ter percebido que desde que assumiu o clube, em janeiro de 2012, o Presidente Paulo Nobre tem se especializado na realização de contratações no atacado.
Já tivemos oportunidade, neste site, em diversos artigos, enfatizar esta política e o erro do caminho trilhado. Futebol não é campeonato de contratações é de qualidade destas.
Isso vale para jogadores e técnicos.
É óbvio que a situação do clube, em 2012, estava a exigir investimentos mais modestos. No entanto, a substituição de ídolos como Henrique e Barcos, por dezenas de jogadores medianos ou inferiores a esta conceituação, não se mostrou boa ao clube. As contratações eram seguidas de dispensas; tivemos verdadeiros “micos” como Lúcio, Rondinelli, Egurem, Weldinho, Mendieta, Rodolfo, Ananias, Roni, Bruno Cesar, etc.
O tempo passou, mudou o diretor remunerado e o novo seguiu o mesmo caminho: mais uma baciada de jogadores fracos e alguns tido como “craques” que, em verdade, são apenas bons jogadores; outros em fim de carreira (Dracena, Roger Carvalho, Barrios, Alecsandro).
Resultado, das quase quarenta contratações em 2015/16, mais da metade já saiu do clube ou está encostada.
A verdade é que nenhum dos jogadores contratados tem vocação, talento ou condições de ser protagonista e, por isso, o time oscila tanto.
É fato que nada, nada mesmo, justifica partidas tão ruins e resultados horrorosos. Mesmo a falta de qualidade não seria suficiente a justificar as derrotas, pois os adversários eram ainda mais fracos tecnicamente. O que faltava era empenho, vontade de lutar pelas cores do Palmeiras, solidariedade e preparo físico.
Aliás, a falta de planejamento no futebol passa por vários fatores, além das equivocadas contratações: muita troca de comando técnico, de preparadores físicos e de avaliações médicas quando das aquisições (vide casos de Clayton Xavier e Felype Gabriel). Isso deixa o elenco inchado e vulnerável. Some-se a tudo o emocional fraco dos atletas, qualquer pressão o time desmorona em campo.
Podemos até vencer um campeonato (como Copa do Brasil/2015) e ter uma ou outra boa apresentação, mas este grupo já mostrou que precisa ser melhor qualificado. Repito, melhor qualificado, e não mais recheado de jogadores. Mais técnica e menos quantidade.
Não vejo na direção do clube disposição, neste último semestre da gestão, em entender isso e priorizar a qualidade. Primeiro houve uma equivocada depreciação pública do elenco, depois citaram-se nomes para reforça-lo, como Gum e Leandro Donizete, o que mostra que os erros vão prosseguir. Se a cada técnico que chegar (média de troca a cada oito meses), comprarem o que pedem, daqui a pouco teremos quatro ou cinco times, pois todos jogadores são fracos e os novos comandantes não os aproveita. Essa de técnico pedir jogador, porque já trabalhou com ele, está mais ultrapassado que máquina de escrever. Hoje as contratações precisam se pautar por eficiência comprovada, antecedentes e momento atual.
É incrível como nestes quatro anos nenhuma contratação do tipo aposta nova (revelação) vingou no clube, a provar que as aquisições foram feitas sem conhecimento apropriado dos diretores ou atendendo interesses de empresários. Pior que isso, esta política ofusca as revelações da base, sempre preteridas. Só são lançadas em último caso, em situação de desespero e dão conta do recado (Matheus Sales, Gabriel Jesus, Thiago Martins e Lucas Taylor).
Assim, pesem os esforços desta gestão em sanear o clube, de se registrar que no futebol ainda há muito que fazer e aprimorar.
Há evidente sangria dos recursos e, com isso, as dívidas que poderiam ser quitadas vão se mantendo em patamares elevados.
Contando com o incansável e minucioso trabalho do associado Eigi Higuchi, seguem quadros de todas contratações desta gestão, com outros dados de cada atleta:
Não adianta nada ter um elenco com quase 40 jogadores se pouco mais de meia dúzia deles tem condições e capacidade para representar o Palmeiras. Como bem dito, não estamos em campeonato de contratacões.
ResponderExcluirÉ isso mesmo. Parabéns ao conselheiro, que vem alertando isso desde 2013 e ao sócio Higuchi pelo minucioso trabalho de pesquisa. Hoje, mesmo com a razoabilidade do grupo, vamos vencer. Paulo.
ResponderExcluirUm elenco 22 a 25 jogadores bem escolhidos e bem treinados seria o ideal. Não precisamps de elenco inchado que gera uma despesa absurda o clube e não traz nenhum resultado efetivo.
ResponderExcluirÉ muito triste ver meu palmeiras virar uma fonte dede renda para alguns picaretas.
ResponderExcluirÉ muito triste ver meu palmeiras virar uma fonte dede renda para alguns picaretas.
ResponderExcluir