O leitor Rodrigo Ribeiro, ao comentar o post sobre a nossa Casa e suas recordações marcantes (setembro/17), fez referência a um jogo contra o Cruzeiro, numa virada por 3 a 1.
Foi, segundo ele, o primeiro jogo dele no estádio e com direito a entrada em campo com os jogadores. Sem dúvida foi um momento marcante.
Para quem não se recorda, foi o segundo jogo da decisão da Copa Mercosul de 1998. Na terceira partida sacramentamos o título com vitória por um a zero, gol de Arce.
A campanha naquele ano foi ótima: 13 jogos (11 vitórias, 1 empate e 1 derrota); marcamos 28 e sofremos 8 gols.
Sobre o jogo, segue comentário publicado na época:
“Palmeiras venceu, de virada, o Cruzeiro ontem à tarde por 3 a 1 pelo segundo jogo da decisão da Copa Mercosul e provocou a realização de uma terceira partida entre as equipes, na próxima terça.
Foi a terceira vitória dos paulistas sobre o Cruzeiro nesta temporada. Os mineiros, que venceram o primeiro jogo da final da Mercosul por 2 a 1, no dia 16, já derrotaram o Palmeiras cinco vezes em 1998.
Vindo de uma maratona de decisões, o Cruzeiro entrou em campo disposto a conseguir um empate, que lhe daria o título sul-americano. Os mineiros queriam acabar com a série para entrar em férias.
Já o Palmeiras, descansado, queria se vingar da eliminação do Brasileiro, quando Fábio Júnior marcou o gol da classificação, quando os paulistas já comemoravam a passagem para as semifinais.
O jogo de nervos começou nos vestiários. O Palmeiras, que tenta seu primeiro título sul-americano, entrou em campo de uniforme branco. Isso porque os cruzeirenses acreditam que, quando jogam e branco, têm mais sorte. Com a atitude dos paulistas, o Cruzeiro teve que atuar com seu uniforme azul.
Dentro de campo, os times também demonstravam nervosismo. Levir Culpi, do Cruzeiro, e Luiz Felipe Scolari, do Palmeiras, reclamaram muito das marcações do juiz Cláudio Vinícius Cerdeira.
A partida começou em grande velocidade. Logo na saída de bola, o meia palmeirense Zinho driblou três adversários e conseguiu escanteio. Mas a torcida do Palmeiras, que lotou as dependências do Parque Antarctica, não teve muito o que comemorar. Em um contra-ataque, aos 2min, Djair, Muller e Gilberto tabelaram em alta velocidade. A bola sobrou para Muller, que driblou Velloso e foi derrubado dentro da área. Fábio Júnior bateu o pênalti: 1 a 0.
O gol fez os cruzeirenses relaxarem na marcação. Aos 6min, o volante Roque Júnior arriscou forte da entrada da área, e a bola bateu na trave esquerda do goleiro Dida.
O empate do Palmeiras surgiu na jogada típica do time de Luiz Felipe Scolari, aos 9min. Falta pela direita, Arce bateu, e Cléber, de cabeça, fez o primeiro gol paulista.
Três minutos depois, o lateral-esquerdo Gilberto fez grande jogada pela esquerda, driblou três palmeirenses e bateu firme, à esquerda de Velloso.
O Palmeiras criava as oportunidades para fazer seu segundo gol, mas esbarrava na falta de pontaria de seus jogadores. Oséas e Cléber, sempre de cabeça, perderam dois gols na pequena área.
Recuado, o Cruzeiro explorava os contra-ataques. Fábio Júnior, muito marcado por Cléber, fazia papel de pivô, jogando de costas para o gol e tabelando com Muller, Djair e Valdo.
Aos 34min, o zagueiro mineiro Wilson Gottardo falhou na saída de bola. Paulo Nunes recuperou a bola e tocou para Oséas, que chutou por cima de Dida.
De falta, Djair quase coloca o Cruzeiro novamente à frente. O volante chutou forte, rasteiro, exigindo elasticidade de Velloso, que espalmou para escanteio.
O Cruzeiro, apesar de ter menor volume de jogo e posse de bola, era mais perigoso. Aos 42min, o meia Valdo recebeu na entrada da área e, livre, bateu em cima do goleiro.
O Palmeiras voltou melhor no segundo tempo. Pressionando desde o início, chegou ao gol aos 8min. Paulo Nunes recebeu sozinho dentro da área e bateu duas vezes. A zaga cruzeirense tirou, mas a bola sobrou para Oséas, que só desviou de Dida. Na comemoração, Paulo Nunes colocou na cabeça um gorro verde de Papai Noel.
O Cruzeiro respondeu rápido. No minuto seguinte, Ricardinho bateu cruzado, e a bola passou rente à trave esquerda de Velloso.
O Palmeiras perdeu a chance de definir a partida aos 15min, quando Oséas bateu em cima de Dida, que fez grande defesa.
Aos 37min, Muller recebeu na direita e chutou. Velloso espalmou para escanteio.
O Palmeiras decidiu a partida aos 41min. Arce bateu escanteio, e Paulo Nunes só escorou. Novamente, o atacante comemorou como um Papai Noel. (Fonte: http://www1.folha.uol.com.br)
Dados da Partida:
Data: 26/12/98, Parque Antártica
Público: 27.705 pagantes (mais de 30.000 presentes)
Gols: Cleber, Oséas e Paulo Nunes e Fábio Jr.
Palmeiras: Velloso; Arce, Júnior Baiano, Cléber (Tiago Silva) e Júnior; Roque Júnior, Rogério, Zinho e Alex (Pedrinho); Paulo Nunes e Oséas (Magrão).
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Cruzeiro: Dida; Gustavo, Marcelo Djian, Wilson Gottardo (João Carlos) e Gilberto; Valdir (Caio), Ricardinho (Alex Alves), Djair e Valdo; Müller e Fábio Júnior.
Técnico: Levir Culpi
Este título serviu de aperitivo para conquistarmos a Libertadores de 1999.
Relembre os gols:
Olá. Nossa, quanta emoção. Já não me lembrava disso. O tempo passa e vamos ficando sem memória. Super jóia a iniciativa e vou ficar aqui ligado para assistir e ver outros jogos importantes.
ResponderExcluirQue belos momentos este Palestra já nos proporcionou!! Estou em lágrimas de recordação. Maurício Verdão.
ResponderExcluirSim, jogo emocionante. Eu estava com o Rodrigo, meu sobrinho palmeirense e seu pai "santista", além de outros dois primos dele, pequenos. Essa é uma vantagem de levar os jovens. Marca a vida deles. E um time com Arce, Cleber, Junior, Zinho, Alex, Paulo Nunes, Oseas e o Felipao no banco, era um espetáculo. Um jogo desses hoje lotaria a Arena e ainda muitos torcedores ficariam do lado de fora.
ResponderExcluirme Lembro de cada detalhe dessa partida foi um jogão mesmo, lembro de como o zinho dominou uma bola quadrada e lembro de como o Alex driblou os caras passando o pé em cima da bola como imitava ele o Zidane kkk.
ResponderExcluirParabéns vou ficar sempre ligado aqui