Evair Aparecido Paulino, este mineiro de Crisólia, nascido em 21/2/1965, foi um centroavante de mão cheia.
Honrou nosso manto sagrado entre 1991/1994 e 1999. Foram 245 jogos, com 127 gols marcados.
Era conhecido como o “El Matador”, porque tinha ótimo poder de conclusão, além de excelente visão de jogo. Nas palavras de Fabio Screnci: “Gols de falta, *pênalti como ninguém* bola rolando, chutes com força, ou colocados, de pé direito ou esquerdo, de fora da área, ou driblando o goleiro, matando no peito ou batendo de primeira, tabelando ou aproveitando o rebote. “
Por isso o coro da torcida quando da entrada em campo do time: “ Eo Eo EVAIR É UM TERROR”.
Iniciando a carreira em 1980, na base do Guarani, Evair chegou ao profissional em 1984, sendo artilheiro do Paulistão de 1988, com 19 gols.
Em 1988 foi jogar no Atalanta da Itália e voltou ao Brasil, em 1991, para jogar pelo Palmeiras e, aqui, conosco, ganhou seu primeiro título, em 1993.
Aquele foi um campeonato memorável, porque não vencíamos por longo tempo (16 anos) e toda rivalidade com o Corinthians e a brincadeira de mau gosto de Viola.
No final de 1994, foi para O Japão, retornando dois anos depois, indo ao Atlético Mineiro, Vasco da Gama e Portuguesa de Desportos e, em 1999, voltou ao Palmeiras, para conquistar a América.
No ano seguinte, em 2000, foi para o São Paulo, depois para o Goiás, Coritiba, Figueirense, onde encerrou a vitoriosa carreira de jogador e iniciou a de técnico.
Na seleção brasileira jogou a partir de 1987, quando o Brasil venceu os Jogos Pan-americanos e, depois, em 1993, na Copa América e eliminatórias da Copa do Mundo. No total foram 24 jogos e 06 gols.
Fora do clube conseguiu os seguintes títulos: Yokohama Fulges - J-Legue – 1995; Vasco da Gama - campeão Brasileiro – 1997, Troféu Bortolotti (Itália): 1997; São Paulo – Campeão Paulista – 2000.
Sua história no Palmeiras
Muitos foram os episódios marcantes das duas passagens de Evair pelo clube. Podemos destacar que, da primeira vez, fez parte daquele esquadrão montado pela PARMALAT.
Que palmeirense pode esquecer de Sérgio, Velloso, Mazinho, Antonio Carlos, Cléber, Roberto Carlos; César Sampaio, Flávio Conceição, Edílson, Zinho, Edmundo, sob a batuta de Luxemburgo, que despontava no cenário nacional.
Este esquadrão ganhou tudo no biênio 1993/94: bicampeão brasileiro e paulista, além do torneio Rio-SP em 1993 |
E, então, não sai da memória aquela final com o Corinthians, onde, após perdermos por um a zero e o Viola imitar um porco, demos o troco na semana seguinte, com uma goleada por quatro a zero. Neste jogo Evair fez dois gols.
Já na segunda passagem, em 1999, é inevitável a sua lembrança com o gol na final da Libertadores, quando a vitória por 2 a 1 nos levou aos pênaltis e ao título. Na noite de 16 de junho o saudoso Parque Antártica, com mais de 32 mil pessoas, explodiu de alegria: a América era nossa.
Evair, saindo do banco, fez o primeiro gol do jogo, já quase na metade do segundo tempo e não cobrou pênalti porque havia sido expulso, já nos acréscimos.
Foi, sem dúvida um dos grandes ídolos dos palmeirenses.
Assista alguns vídeos do El Matador:
Um amigo historiador palestrino, Renato Megiolaro, afirma que nenhum rival de São Paulo teve tantos ídolos como o nosso Palmeiras. E não a toa fomos considerados o maior ganhador de títulos do século passado. Isso porque além de craques, vencedores viraram ídolos, lendas para cada geração. De Heitor, Mazzola, Valdemar Fiume, Oberdan Catani, Jair da Rosa Pinto, Julinho Botelho, Valdir, Djalma Santos, Chinesinho, Tupazinho, Leão, Luís Pereira, Dudu, Ademir da Guia, Leivinha, Cesar, Roberto Carlos, Cesar Sampaio, Djalminha, Rivaldo, Alex, Edmundo e Evair, entre tantos outros. E o “Matador” quase completo, com categoria fez gols de cabeça, chutes com a perna esquerda, direita, com força, com jeito e com bolas paradas suas especialidades. Pênalti então, inigualável categoria e decisivos como na final da vitoriosa Libertadores e na decisão do Paulista de 1993 contra “eles”. Aqui não menciono este nome…..rs
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