A história deste derby começou em 06/05/1917, no estádio Palestra Itália: Palestra Itália 3 x 0 Corinthians, com três gols de Caetano.
De lá para cá foram mais 354 partidas, com vantagem para o Palmeiras. Existe divergência quanto aos dados estatísticos, mas todos apontam para supremacia do verdão.
O termo derby foi batizado pelo jornalista Tomás Mazzoni, referindo-se a mais importante corrida de cavalo do mundo, o Derby de Epsom.
Não é para menos, pois ambas as torcidas são apaixonadas e levam multidões aos jogos. Parecia mesmo uma premonição do jornalista, pois, neste mês, dia 13/10/17, o jornal inglês Daily Mirror listou os 50 maiores clássicos do futebol mundial e colocou o derby em 25º lugar.
O então Palestra Itália, em 5/11/1933, aplicou a maior goleada entre as equipes. Um sonoro oito a zero, no antigo Parque Antártica. Romeu Pellicciari fez quatro, Gabardo um e três foram de Imparato. O presidente do adversário caiu e colocaram fogo na sede.
Gostamos de golear e quase repetimos a dose em 25 de abril de 1948, agora no Pacaembu, com um inquestionável seis a zero.
Aliás, diante da rivalidade das torcidas, o último jogo no Jardim Suspenso foi em 1976, num empate por um gol, em 21 de janeiro, pelo Torneio Nacional – Taça Governador do Estado para cerca de 14 mil pessoas.
Pelo Palmeiras o jogador que mais atuou nestes confrontos foi o Divino Ademir da Guia, com 57 partidas e os artilheiros foram Heitor (14 gols), Romeu Pellicciari e Cesar maluco (13 gols)
O maior público foi registrado na final de 1974; Palmeiras 1 a 0 Corinthians, com 120.902 presentes em 22/12/1974.
Jogos em destaque.
Poderíamos destacar centenas de jogos com fatos interessantes. Vamos focar alguns deles:
1 Nas duas vezes em que se enfrentaram pela Libertadores eliminamos o Corinthians nos pênaltis: em 1999, nas quartas-de-final, e em 2000, nas semifinais. Na primeira disputa, em 1999, o Palmeiras venceu o primeiro jogo por 2 a 0 e o Corinthians venceu o segundo pelo mesmo placar, levando a decisão para os pênaltis, que resultaram em vitória alviverde por 4 a 2 (fomos campeões). Na Libertadores de 2000, o Corinthians venceu o primeiro jogo por 4 a 3 e o Palmeiras venceu o segundo por 3 a 2, levando a decisão novamente para as penalidades e, outra vez, vencemos, agora por 5 a 4.
São Marcos brilhou nas duas oportunidades.
2. Campeonato Paulista de 1974. Vencemos todos os fatores adversos e com gol de Ronaldo fomos campeões, mantendo o jejum do adversário. Um fator que pesou a favor do time foi o comportamento de DUDU, já veterano, tomou uma bolada no rosto, de Rivelino (patada atômica), desmaiou mas voltou a campo e não se intimidou. Nas cobranças de falta seguintes era o primeiro a ir formar a barreira, mostrando que, de fato, aquele título seria nosso, contra torcida imprensa, etc. A desproporção entre as torcidas era enorme. Dos mais de 100 mil presentes, seguramente, entre 80% e 90% eram corintianos. Mas a minoria saiu feliz e o grito de é campeão ecoou no Morumbi. E no Palestra Itália.
3. Campeonato Brasileiro de 1975, no dia 21 de setembro o árbitro Dulcídio Wanderley Boschila (o mesmo da final com a Ponte e que expulsou Ruy Rei, em 1977), mandou voltar três cobranças defendidas por Leão. Isso não é comum, convenhamos! A expressão “apito amigo” é, pois, antiga. Resultado do jogo foi 1 a 1.
4. Campeonato Paulista de 1993. Aquela final foi empolgante. Estávamos sem ganhar o paulistão desde 1976. Após Viola ter provocado a torcida e o time, durante o primeiro jogo, nos enchemos de vontade e aplicamos uma sonora goleada no jogo da volta: 4 a zero. Evair (2), Edilson e Zinho fizeram os gols. Era 12 de junho, dia dos namorados, dia de comemorar o título com nossa eterna paixão verde e branca.
Perante 104.401 pessoas, das quais eu, o Palmeiras sobrou em campo. A equipe atuou com Sérgio; Mazinho, Antônio Carlos, Tonhão e Roberto Carlos; César Sampaio, Daniel Frasson e Zinho; Edilson (Jean Carlo); Edmundo e Evair (Alexandre Rosa). Técnico: Wanderley Luxemburgo
5. No ano seguinte, pelo Brasileiro/94, novamente fomos campeões em cima do adversário, em um empate por um gol, no Pacaembu, com Rivaldo.
Futebol é isso, é emoção, paixão, alegria, arte, rivalidade, mas sem violência.
Relembremos alguns vídeos selecionados:
Relembremos alguns vídeos selecionados:
Fontes:
Meu nono italiano, Giuseppe Screnci, era palestrino, meu pai também, assim com eu e minhas filhas. Meu cachorro se chama Felipão e "assim caminha a humanidade Palestrina". Desde garoto, quando as noticias demoravam a chegar, no inicio do ano aguardava ansioso a tabela dos campeonatos. O primeiro jogo que procurava saber a data, era contra o Corinthians. Era o clássico de SP, do Brasil. E quando a data ia se aproximando, a expectativa era sempre muito grande. No entanto, normalmente a gente ganhava. Um jogo marcante foi a decisão de 1974, só se falava nisso, o Corinthians estava na fila há 19 anos, a mídia em geral torcia pela vitória deles. No dia do clássico não quis ir ao Morumbi, fui ao cinema com a namorada, cine Astor no Conjunto Nacional, na Av. Paulista. Não me lembro nem o nome do filme, acho até que nem assisti. Na saída fui caminhando e percebendo um estranho silêncio, vi o pipoqueiro e perguntei o resultado. Sem olhar pra mim, de cabeça baixa, triste ele disse que tinha sido o "Parmera". Inesquecível. Outros tempos, mas o freguês de sempre continuou na fila e teve que esperar uma "Ponte" por mais 3 anos pra ser campeão.
ResponderExcluirMuita emoção reviver estes momentos inesquecíveis do nosso Palestra. Estive em campo na final de 1993 e de 1994, foi lindo demais. Jaime Palestra Mateus.
ResponderExcluirPalmeirenses, neste momento em que, como uma fênix o Palmiras ressurge na briga pela ponta, muita perspicácia na feitura deste artigo; veio na hora certa para já inflamar nossa torcida e mostrar que temos condições de assumir a liderança na casa deles lá em Itaquera. Vamos nos unir. Avante Palestra.
ResponderExcluirLindas recordações. Estamos na frente dos "gambás" em todos os quesitos ao longo da história e vamos nos manter assim. Já estou em ritmo de concentração pra secar contra a macaca.
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