quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

ARTIGO - FEVEREIRO/2018 - O TÍTULO DO PALMEIRAS EM 1993. CONTE SUA EMOÇÃO


Foto enviada por Fábio Screnci

Em 12 de junho de 1993, no Morumbi, com a presença de 104.401 pagantes e renda de CR$ 1.815.900,00 o Palmeiras se sagrou campeão paulista, com um sonoro quatro a zero sobre o Corinthians.

Sob a batuta de Luxemburgo, Sérgio, Mazinho, Antonio Carlos, Tonhão, Roberto Carlos, Zinho, Daniel, Cesar Sampaio, Edmundo, Evair e Edilson deram um show e não deram a mínima chance para o adversário e o provocador Viola saiu, como se diz, “com o rabo entre as pernas”. 

Os gols foram marcados por Edílson, Zinho e Evair (2). 

Sobre este jogo nosso site já fez referência (artigo de outubro/2017) e, agora, o objetivo é que o nosso leitor possa relatar a sua emoção naquele dia. 

Afinal, estávamos há algum tempo sem ganhar o paulistão (o último tinha sido em 1976) e nunca mais conseguimos montar outras Academias, como as das décadas de sessenta e setenta. Mas, o momento no início da década de noventa era mágico, e assim foi por quase dez anos.

Faça um comentário e descreva sua emoção.

Eu, por exemplo, estava no campo. Na numerada cor laranja, atrás do gol onde Evair cobrou o pênalti. Não faltou emoção naquele dia. Estádio cheio, chegamos, eu, meu cunhado e um amigo, bem antes da partida e a expectativa era enorme. O tempo não passava.

Muitos palmeirenses, mas os corintianos davam o título como certo e provocavam nas arquibancadas.

Com o início do jogo a adrenalina foi subindo e, à medida que os gols saíam, a certeza do título aumentava. Afinal, depois de terminar o campeonato nove pontos à frente, não seria justo perder o campeonato.

Inesquecível na memória cada jogada e cada gol. Os gols saiam com naturalidade, verdadeiras pinturas de um futebol bem jogado.

A provocação do Viola, uma semana antes, estava engasgada na garganta de todos os palmeirenses e toda a raiva foi posta para fora no apito final do árbitro.

Término do jogo, depois de muito comemorar, assistir a volta olímpica e buzinar muito no caminho de volta, pegamos nossas esposas e fomos comemorar numa autêntica pizzaria italiana.

A confiança no time era tanta que comprei a faixa abaixo antes do final do jogo.



Viaje no tempo e reveja os gols do Palmeiras no campeonato:

http://globoesporte.globo.com/bau-do-esporte/videos/v/confira-gols-do-palmeiras-campeao-paulista-de-1993/2628596/

3 comentários:

  1. Neste meio de semana sem futebol do líder, muito agradável relembrar este memorável jogo. Boa iniciativa.

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  2. Eu era mal acostumado, até os 19 anos via o Palmeiras ser campeão, com sobras, quase todo ano. Ai veio a interminável fila. Pra aumentar a emoção o Corinthians, um velho freguês que tinha um time pior que o nosso, mas uma grande torcida que acreditava até no Maluf e no Collor.
    Nós tínhamos um time cheio de craques, mas que no campo com a carga de 16 anos nas costas pesou no primeiro jogo. E pra piorar eu estava no Morumbi e ainda vi o Viola imitar um porco. Que semana foi aquela na faculdade e no trabalho!
    Desconfiado, último ano, época de provas, não fui na final. Tentei não ver o jogo pela TV e estudar. Impossível. Quando foi pra prorrogação sai de casa, dei tchau para a mulher e minhas filhas pequenas, parecia um filme. Peguei o carro, rádio desligado e fui guiando sem rumo, esperando o tempo passar. De repente sai de dentro de um bar um camarada gritando gol, sem camisa, pra piorar. Meu Deus, gol de quem? Era só ligar o rádio né, pra saber o autor; Evair. Um filme passou pela minha cabeça lembrando de meu nono, meu pai, tios que já “viviam” no céu verde e também de tantos amigos. O carro ficou todo molhado e não chovia.
    Voltei pra casa campeão e coloquei uma camisa do Verdão em cima da outra, naquela época cabiam. Abri um vinho, pedi 4 Pizzas, resultado do jogo e acabei ficando em casa mesmo pra ver os lances que eu não tinha visto ao vivo pra sobreviver.
    E mais tarde a história de ganhar do Corinthians em finais se repetiu algumas vezes. Eles são chatos, são muitos, são amigos, mas são fregueses.
    Esse clássico é o maior do Brasil, muita rivalidade e muitos amigos alvinegros, como também muitos “irmãos” Palestrinos.

    Palmeiras 4 x 0 Corinthians, fim da fila, Campeão Paulista de 1993 e em cima deles!

    Avanti Palestra!

    Amém !

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  3. História desse jogo, contada por um corintiano, Marcos Viana.

    Eu fugi de casa neste dia. Fui para Itapira, reduto de Palmeirenses.
    Assisti ao jogo na casa de um amigo corintiano roxo.
    Quando o Palmeiras entrou em campo, com aquela expressão de “sangue nos olhos” eu disse . “Ferrou”.
    Nas horas que antecederam o jogo, passei ao lado de muitos Palmeirenses .
    Depois, fiquei muito abalado e minha esposa, na época namorada, me chamou para irmos numa casa de dança, pra esquecer; Club Santa Fé.
    Chegando lá encontrei um dos meus cunhados que estava com uma namorada em Lindóia e teve a mesma ideia de ir no baile. Só que ele era palmeirense e me perturbou até!
    E ainda pulou até no Capô do meu carro. Fdp!

    Entrei no recinto, olhei ao redor e vi o salão todo enfeitado, verde e branco, com diversas bandeiras do Palmeiras. O DJ fdp, advinha? camisa e boné do Palmeiras.

    Quis ir embora na hora, mas a Lela, minha namorada, pediu para deixarmos pra lá e curtir, afinal a música era boa.
    Quando o DJ que estava “mandando bem”, resolveu tocar o hino do Palmeiras; Pqp!
    Sai de lá batendo o pé, a Lela foi atrás e disse; já vai passar, pois o DJ já havia tirado o hino.
    Voltei e fiquei mais uns 20 minutos e de novo, ele toca “a porra” do hino!

    Aí não teve mais o que conversar, até a Lela disse; “melhor irmos embora”.
    Saímos de lá e fomos num restaurante muito legal que frequentávamos há tempos. Comida simples e boa.
    No caixa o dono quebrou um violão e colocou um cartaz. “Viola depois do jogo, nunca mais”.
    Sonhei, ou tive pesadelos com aquele jogo por muitos anos.
    Mas já superei, também ja se foram 24 anos.

    Marcos Viana DJ Indaiatuba.

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