No mundo de hoje se exige transparência e informação.
A direção do Palmeiras deu um passo para trás neste sentido. Com efeito, há anos os balancetes mensais das atividades do clube eram publicados na Revista Palmeiras, distribuída a sócios e sócios torcedores do programa AVANTI.
Além da farta publicidade, de artigos de nossa história e do atual elenco, sempre houve espaço para a publicação dos balancetes.
Uma única folha era necessária, mas continha informações importantes da saúde financeira do clube e estas informações são direito do associado que, em verdade, é o proprietário do clube.
Agora isso é passado, foram cortadas as informações dos balanços das revistas editadas a partir deste ano.
Qual a razão lógica para isso? Por que não facilitar a informação e mostrar a realidade?
Difícil entender...
Pois bem, os balancetes, para quem quiser ver, estão no site do clube. Entre na página principal, clique em “Instituição” e depois procure o link “balanço patrimonial”. Tem que ter conhecimento e paciência...
Todo palmeirense deveria, mensalmente, verificar os dados, para ver como anda de fato a administração.
Hoje, já contando com dados consolidados até maio, portanto cinco meses, temos, em resumo:
Despesas do futebol.......R$ 230.534.107,68
Receitas do futebol....... R$ 217.156.722,67
Déficit do futebol..........R$ 13.377.385,00
Déficit geral...................R$ 24.303.270,70
Estes primeiros cinco meses não apresentam dados bons. É certo que não houve entrada do dinheiro da TV, o que dará melhores resultados depois, mas, em contrapartida, não teremos mais receitas previstas no orçamento referentes a Copa do Brasil – bilheteria, prêmio da CBF e bônus da patrocinadora.
O equilíbrio das finanças só será alcançado com a diminuição de despesas. O futebol, por exemplo, vem gastando em média R$ 46.106.820,00 por mês. É muito!
Já se passaram sete meses e nem mesmo chegamos em finais dos campeonatos disputados e encerrados.
A venda de jogadores será a alternativa, como já feita com a promessa Luan Cândido, especulações em Arthur e, agora, a saída de Moisés. O que é ruim, especialmente as promessas da base, que é vencedora em todas as categorias.
Pior será se a opção for por empréstimos. Já temos uma dívida elevada, a longo prazo, com os patrocinadores, por conta dos aditamentos dos contratos de patrocínio para compra de jogadores, que se transformaram em empréstimos, casos, por exemplo, de Guerra, Borja, Juninho, Fabiano, Lucas Lima, Deyverson, Bruno Henrique e outros.
O balanço de 2018 aponta débito de R$ 142.685.000,00 para estes empréstimos. Hoje, com juros e atualizações dos contratos, supera R$ 160.000.000,00.
Como estamos afirmando, há anos, o Palmeiras precisa repensar sua forma de administração.
Arrecadamos muito, mas gastamos mais ainda e, com frequência, muito mal.
Lamentável esta postura. Estamos nos afundando em dívidas
ResponderExcluirSem dúvida, informação e transparências são fundamentais, especialmente quando temos visto no clube questões pouco esclarecidas e debatidas sobre as tais dívidas. Neste espaço encontramos uma boa gama de informações. Quiçá todos no palmeiras agissem assim.
ResponderExcluirBoa tarde a todos. Eu sempre leio o que é publicado neste site. Muito interessante e abrangente as matérias e os comentários. Nosso palmeirense Roma costuma precisar bem as questões nos seus comentários, mostrando que, de fato, estamos como diz o conselheiro, num momento de reflexão. O que será de nosso clube se continuarmos a gastar tento? Que responsabilidade terão os gestores? Júlio.
ResponderExcluirAmigo Fleury, felizmente ou infelizmente nos números de maio ja está incluindo 21 milhões de reais recebidos da Globo. Assim sendo, como esta receita nao estava incluida no orçamento, o débito em relação ao orçamento supera em mais de 50 milhões de reais. Abraço. Walter Munhoz.
ResponderExcluirPrezado Munhoz, obrigado pela informação mais precisa. A situação é, então, pior do que se imaginava. Se as despesas já superaram as receitas em perto de cinquenta milhões, é mesmo necessária uma profunda investigação, para que as coisas não degringolem de vez e voltemos, como anos atrás, com receitas antecipadas. Já temos um passivo a longo prazo extremamente preocupante (os empréstimos).
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