sábado, 31 de agosto de 2019

ARTIGO - AGOSTO/2019 - ONDE ERRAMOS? PARTE II. ESTADO DE EMERGÊNCIA. A TENTATIVA DE REVOLUÇÃO NA FORMA DE ADMINISTRAR. UM FRACASSO, INFELIZMENTE


De certa forma estagnada e entendendo-se ter esgotado o modelo de administração, o CD do Palmeiras optou por escolher o que era chamado de “muda Palmeiras”, comandando pelo prof. Belluzzo, ideia que me entusiasmou na época.

Em 2009 assumiu uma direção com mentalidade diferente; procurou revolucionar a administração do clube. Sem sucesso, entretanto.

É certo que tivemos pontos positivos, como a derrubada do estádio para dar início o mais rápido possível à construção da Arena. 

Mas, do ponto de vista econômico/fiscal o clube sofreu muito.

As trocas de patrocinadores, a reengenharia financeira prometida, os empréstimos obtidos e antecipações de receitas deixaram o clube com uma dívida a longo prazo muito grande.

O clube priorizou - e foi aplaudido por todos – a compra de astros para o futebol, com a seguinte premissa: assumimos dívida, mas é investimento e o retorno virá com exposição, novos patrocinadores, títulos, prêmios, rendas, programa sócio torcedor, etc. 

E, assim, com ajuda da Traffic tivemos técnicos de grife, como Muricy e Felipão, ídolos novos ou repatriados como Kleber gladiador, Valdívia, Edmilson, Obina, Armero, etc.

O resultado final? Nenhum título e muita dívida.

O Prof. Belluzzo publicamente reconheceu aa ocorrência de alguns erros na gestão, que faltou profissionalismo, conforme (https://esportes.estadao.com.br/noticias/futebol,luiz-gonzaga-belluzzo-admite-erros-na-administracao-do-palmeiras,667822). E acrescento que os seus problemas de saúde deixaram o clube nas mãos de terceiros, sem uma centralização e, com isso, ao que parece, não houve um norte, um rumo.

Sobreveio nova gestão que já recebeu o clube em frangalhos e o entregou ainda pior.

No primeiro semestre daquele ano já não havia receita livre; não tínhamos estádio, começamos a peregrinação para jogar aqui e acolá, Pacaembu, Barueri, mais para o interior, etc.

Sem dinheiro, empréstimos eram feitos para pagar dívidas vencidas e vivíamos de antecipações de contratos. Os juros engoliam nossas receitas. Decorrência natural do recebido da gestão anterior.

Tentou-se novo modelo de contratação, via ajuda do torcedor, com Wesley, que fracassou. 

Ganhamos um título nacional (Copa do Brasil) e fomos rebaixados (Brasileirão).



Enfim, foram quatro anos de muita amargura, decepções e dívidas. O clube se aproximava do fundo do poço.

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