CANTINHO DA SAUDADE - MARÇO/2020 - DJALMINHA, UM MALABARISTA DE CHUTEIRAS

Djalma Feitosa Dias, filho do inesquecível Djalma Dias, santista nascido em 9/12/70, mais conhecido como Djalminha, vestiu nosso manto sagrado, além de clubes como La Coruña, Guarani e Flamengo.

Um meio campo canhoto, clássico, de toques refinados, dribles desconcertantes, chutes precisos e jogadas inteligentes, sabia misturar técnica com criatividade.

Honrou nossas cores entre 1996 e 1997, com 88 jogos e 47 gols.

Fez parte daquele incrível esquadrão Campeão Paulista de 1996, com mais de cem gols, o drean team verde.

Naquele paulistão o verdão, no primeiro turno, ganhou 14 jogos e empatou um; já no segundo turno vencemos 13, empatamos uma e perdemos uma. Conseguimos 83 de 90 pontos disputados. Uma façanha histórica: ficamos 30 pontos à frente do segundo colocado.

Estava prevista final entre o campeão do primeiro e do segundo turno, mas não demos chance a ninguém e vencemos os dois turnos.

Tivemos goleadas inesquecíveis: 6 x 1 sobre a Ferroviária, 7 x 1 no Novorizontino, 8 x 0 diante do Botafogo e o impagável 6 x 0 sobre o Santos, na Vila.

Com nossa camisa venceu, ainda, as Taças Xangai, Jihan, Pequim, da Amizade e o Troféu Naranja.

Djalminha foi o jogador responsável por executar a primeira cobrança estilo “cavadinha” no Brasil (esta foi criada em 1976 pelo tcheco Antonín Panenka, na final do Campeonato Europeu de 1976). Um lance perigoso, mas altamente plástico, que leva o público à loucura.

Irreverente e com temperamento inquieto, teve vida curta na seleção por conta de um episódio em um treino, quando desentendeu-se com o treinador Javier Irureta, desferindo-lhe uma cabeçada.

Relembre nosso bailarino.