CANTINHO DA SAUDADE - MAIO/2020 - LEÃO, NOSSO REI

Dizem que o Leão é o rei das selvas. Emerson Leão foi, sem dúvida, um rei durante muito tempo no Palmeiras.

Nascido em Ribeirão Preto, em 1949, Leão chegou à SEP em 1969 e ficou conosco até 1978 e, depois, voltou em 1984/1986. No total foram 617 partidas.

A estreia foi em 1969 num jogo contra o Juventus, pelo Paulistão. Ele entrou aos 36 minutos do segundo tempo no lugar de Chicão, que saiu machucado. 

Fez parte das Academias do Verdão e ganhou vários títulos: Brasileiros de 1969, 72 e 73, Paulistas de 1972, 1974 e 1976.

Na seleção jogou 105 vezes e participou das copas de 1970, 1974, 1978 e 1986.

Encerrada a carreira, passou a treinar times e esteve à frente do elenco do Palmeiras em 1989 e 2005/2006. Hoje atua comentarista esportivo.

De gênio forte, e muito seguro debaixo das traves, Leão foi um líder que comandava os times por quais passou e, por força de seu temperamento, colecionou desavenças ao longo da carreira como jogador e treinador.

Em recente entrevista publicada nas redes sociais do clube e na Gazeta Esportiva, Leão disse que “o Palmeiras fez minha vida.” E mais, confirmando o que escrevemos no artigo anterior, a respeito do caráter de Dudu:

“Às vezes eu pedia alguns conselhos para o Dudu, que era o mais veterano e comedido da equipe. Ele não pensava só em dinheiro, mas também em estrutura. Ele me deu um conselho que eu não esqueço jamais”, contou.

“Quando eu fiz três meses e fui renovar o meu contrato, perguntei: ‘Dudu, e aí? E agora? Já sou titular. Quanto eu peço?’. Ele falou: ‘jogar no Palmeiras por qualquer dinheiro é importante’. Ele não me disse número nem nada, ou seja, ele quis dizer que o Palmeiras era um bom lugar para ficar porque o clube precisava de mim e vice-versa. Por conta disso, fiquei esse tempo todo aqui”

Também esteve presente naquele memorável título de 1974, quando todos esperavam que nosso adversário predileto saísse do jejum.

Reveja o gol :

Um dos momentos marcantes de sua carreira foi no dia em que defendeu três pênaltis contra o Corinthians e o Dulcídio W. Boschila mandou cobrar várias vezes, até o adversário marcar.

Confira: